Parque Nacional do Monte Pascoal
Parque Nacional do Monte Pascoal |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Bahia |
Município: Porto Seguro |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 22.500 hectares |
Diploma legal de criação: Criado em 29 de Novembro de 1961, Decreto n° 242. |
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) |
Contatos: Tel: (73) 3288-1633 Endereço sede: Rua do Mamoeiro, 25, Taperapuã , Porto Seguro – Bahia.
CEP: 45810-000 |
Índice
Localização
O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal localiza-se no extremo Sul da Bahia, no município de Porto Seguro próximo do limite com o município de Prado.
Como chegar
É possível chegar ao Parna a partir de Porto Seguro pela BA-367, no km 62 até Eunápolis. De lá, o visitante segue pela BR-101 no sentido Vitória até o km 794 onde há uma placa indicando a entrada do parque. São mais 14 km de asfalto pela BR-498 até a entrada do parque.
De ônibus, existem várias linhas que partem de Porto Seguro para Itamaraju e, de lá, existe uma linha de ônibus que opera de sexta-feira a segunda-feira e deixa na portaria do parque.
A entrada principal do parque situa-se na BR-498 no km 0 e passa pela Aldeia Pataxó Pé do Montel, onde localiza-se a portaria principal do parque. No local, há guias indígenas capacitados e venda de artesanato local.
Ingressos
O Parque Nacional do Monte Pascoal é aberto à visitação todos os dias da semana, das 7h às 18h. O valor do ingresso individual é R$ 5,00 por pessoa.
Menores de 6 anos de idade e maiores a partir de 60 anos são isentos de taxas.
Para fazer o passeio nas trilhas, os valores são R$ 40,00 por grupo (de até 8 pessoas) com um guia. Para agendar visitas: (73) 9814-1696 / 9955-1961.
Onde ficar
A cidade mais próxima do parque é Itamaraju, a 30 km do parque e possui hotel e restaurante. Outra opção é Caraíva que fica a 20 minutos de barco.
Objetivos específicos da unidade
O Parque Nacional do Monte Pascoal tem como objetivo proteger os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, em especial, a área de avistamento da descoberta do Brasil possibilitando a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e turismo ecológico.
Como objetivo específico da UC, a criação do Parna pretende conservar os últimos remanescentes da Mata Atlântica do Nordeste e proteger o marco do descobrimento. Outro grande objetivo é conservar uma amostra representativa dos ecossistemas de transição entre o litoral e a floresta pluvial dos tabuleiros terciários, assim como conservar os recursos genéticos, fomentar atividades de educação e investigação e proteger o Monte Pascoal, marco histórico do Brasil.
Histórico
O Monte Pascoal, no Sul da Bahia, foi a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos navegadores portugueses no século 16. Nas primeiras décadas da colonização portuguesa, os povos indígenas se faziam ali presentes. A região foi ocupada primeiramente pelos tupinambás e no século 16 pelos pataxós, que hoje são um pouco mais de 2 mil e que sobrevivem da venda de artesanato, da caça e da pesca.
Em 1943, a área passou a ser protegida com o nome de Monumento Monte Pascoal e, em 1961, foi transformada em parque nacional.
A área do parque é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós com 8.600 hectares. A região é coberta por Mata Atlântica e do topo do monte, tem-se a visão do mar de um lado e da Serra do Itamaraju do outro.
Atrações
Os diversos atrativos ecoturísticos existentes no parque proporcionam a realização de diversas atividades recreativas como caminhadas em trilhas e praias, banho de mar e rio, contemplação da natureza, observação de fauna e flora, canoagem, passeio de barco no rio, participação de manifestações culturais indígenas.
A visitação aos atrativos do parque é permitida apenas com a presença dos guias indígenas. A unidade tem como principal atração a trilha para o Monte Pascoal e o centro de visitantes que conta parte da história do descobrimento do Brasil.
O Parna é mais visitado nos meses de dezembro a março e os de junho e junho.
Além da trilha para o Monte Pascoal, é possível percorrer as trilhas de Jendiba e da Arruda, assim como do Jequitibá e do Lugar Sagrado. Índios Pataxós o habitam e coordenam as suas visitas. O Ecoturismo é uma prática disseminada, com trilhas de até 1,5km de extensão.
Um roteiro que liga o pé do Monte à praia do parque está sendo estruturado e hoje este trajeto apenas pode ser feito pela Terra Indígena Barra Velha.
Aspectos naturais
A UC abriga a Mata Atlântica, restinga, alagados e mangues e uma vasta vegetação nacional como pau-brasil, maçaranduba e jatobás. Além de inúmeras espécies animais como preguiças, suçuarana e gavião-de-penacho.
O parque apresenta uma área natural de paisagens diversas e belezas cênicas, como a praia da Aldeia de Barra Velha de águas cristalinas e praias pluviais dos rios Caraíva e Corumbau.
A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção, além de possuir níveis relevantes de endemismo.
Relevo e clima
O relevo é caracterizado pelos depósitos de praias com bancos de recifes, extensas planícies costeiras, tabuleiros da formação barreiras, colinas e pequenas serras de rochas cristalinas.
O clima da região do parque é úmido e super úmido, tropical e subtropical, apresentando uma temperatura média de 21°C com máximas de 38°C. A umidade relativa do ar fica em média de 80% durante todo ano.
Fauna e flora
A área abriga um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica, tendo como vegetação predominante a Floresta Tropical Pluvial, algumas espécies de ocorrência são visgueiro, farinha-seca e anda-açu (de grande porte).
O parque inclui floresta ombrófila densa, regiões alagadiças, restinga, mangue e praia. Os rios Corumbaú, Caraíva, dos Frades, Buranhém, Jucuruçú e João de Tiba banham a região.
Nos trechos mais úmidos da mata, onde ocorre o palmito, há diversas espécies de liquens, musgos, aráceas e orquidáceas. Nas partes mais secas da mata, ocorre a piaçaba, utilizada para a extração de fibras. A capoeira, neste caso compreendida como vegetação secundária, desenvolve-se no lugar da Floresta Ombrófila Densa.
O Parque tem uma fauna diversificada. Entre os mamíferos destacam-se o veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção, além do ouriço preto, preguiça de coleira e o guariba. Com relação aos carnívoros pode-se citar a suçuarana e a tradicional onça. Existem ainda 176 espécies de aves catalogadas, as aves ameaçadas de extinção são urubu-rei, macuco e mutum. A fauna é exuberante e rica nos diversos ambientes, os animais possuem uma relação direta com a vegetação existente auxiliando na disseminação, como o caxinguelê.
Problemas e ameaças
A área do parque foi demarcada onde tradicionalmente era território pataxó, que desde 1861 ocupava a região. Surgiu um impasse entre as lideranças indígenas e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e os interesses conservacionistas.
As atividades ilegais na UC são difíceis de monitorar, assim como a aplicação dos instrumentos legais é baixa na região. O valor de mercado de recursos da unidade é alto.
A extração de madeira tende a aumentar ligeiramente de forma generalizada na UC e provocam um alto impacto a longo prazo nos próximos 20 anos.
Fontes
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/372/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Nacional_e_Hist%C3%B3rico_do_Monte_Pascoal
http://www.bahia-turismo.com/porto-seguro/monte-pascoal.htm
http://ecoviagem.uol.com.br/brasil/bahia/parque-nacional/monte-pascoal/