Mudanças entre as edições de "Floresta Nacional de Pacotuba"
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* Servir como instrumento para a proteção, controle ambiental e desenvolvimento social e econômico da Região onde a UC esta inserida. | * Servir como instrumento para a proteção, controle ambiental e desenvolvimento social e econômico da Região onde a UC esta inserida. | ||
|History=Em 9 de agosto de 1929 o Sr. Argemiro Barbosa de Amorim adquiriu do Estado por Rs 144$200 (cento e quarenta e quatro mil e duzentos réis) - nomenclatura da época - o terreno de Morro Seco e Bananal, no município de Cachoeiro de Itapemirim, guia n° 1852 da Secretaria de Agricultura, sem especificação do tamanho da área. Provavelmente o terreno à época era recoberto por vegetação primária. Em 30 de janeiro de 1950 o Sr. Argemiro B. de Amorim e familiares venderam parte do imóvel denominado Fazenda Bananal do Norte, 682,14 ha para a União, a maior parte dessa área continuava revestida por mata, a escritura pública de compra e venda do imóvel, foi lavrada no cartório do 16° Ofício do Rio de Janeiro. Em 03 de agosto de 1950 foi feito um novo registro da escritura de compra e venda (de Argemiro Barbosa de Amorim e familiares com a União) do referido imóvel sob o número 15562 do livro 3-X, folhas 32 no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis Dr. Jeremias Sandoval, de Cachoeiro de Itapemirim. De 1951 a 1975, a área ficou sob a administração do Ministério da Agricultura e foi transferida para a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER), o imóvel desmembrado da propriedade do Sr. Argemiro foi denominado de “Fazenda Regional de Criação de Bananal do Norte”. Em 08 de fevereiro de 1980, 40% desse imóvel foi cedido, em comodato, para a então Emcapa. Atualmente está sob a administração do Incaper. Em 1985 o Governo do Estado do Espírito Santo demonstra o interesse de proteger essa área e o então governador, Gerson Camata, através do Decreto Lei 3.094 de 30 de setembro de 1985, em seu Art. 1º determina que “Fica declarada de preservação permanente a floresta e demais formas de vegetação natural existentes na área de aproximadamente 300 ha situada no município de Cachoeiro de Itapemirim-ES, na Fazenda Bananal do Norte de propriedade da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMBRATER, com a finalidade de proteção de exemplares da fauna e da flora ali existentes”. Ficou sob a responsabilidade do Instituto Estadual de Terras e Cartografias (ITC) a medição e demarcação da área. Possivelmente uma falta de ações mais concretas quanto à demarcação, manutenção e divulgação da área, levou-a a ser referida com nomes similares como, por exemplo, “Área de Preservação Permanente (APP) da Fazenda Bananal do Norte” ou “Área de Preservação da Fazenda Bananal do Norte” com tamanho da área indicado de 376 ha, ou ainda como uma área pertencente ao ITCF. Em 2002 ações concretas para transformar a área em UC foram realizadas. Uma consulta pública, por parte do Ibama, foi realizada em agosto de 2002 na sede da Estação Experimental de Bananal do Norte (EEBN) onde foi distribuído um documento intitulado “Notas e justificativas para a criação das Flonas de Pacotuba e de Goytacazes”. Finalmente, em 13 de dezembro de 2002, por meio do Decreto Presidencial s/n, datado de 13 de dezembro, parte da área da Fazenda Experimental Bananal do Norte foi transformada na Flona Pacotuba com um total de 450,59 ha. | |History=Em 9 de agosto de 1929 o Sr. Argemiro Barbosa de Amorim adquiriu do Estado por Rs 144$200 (cento e quarenta e quatro mil e duzentos réis) - nomenclatura da época - o terreno de Morro Seco e Bananal, no município de Cachoeiro de Itapemirim, guia n° 1852 da Secretaria de Agricultura, sem especificação do tamanho da área. Provavelmente o terreno à época era recoberto por vegetação primária. Em 30 de janeiro de 1950 o Sr. Argemiro B. de Amorim e familiares venderam parte do imóvel denominado Fazenda Bananal do Norte, 682,14 ha para a União, a maior parte dessa área continuava revestida por mata, a escritura pública de compra e venda do imóvel, foi lavrada no cartório do 16° Ofício do Rio de Janeiro. Em 03 de agosto de 1950 foi feito um novo registro da escritura de compra e venda (de Argemiro Barbosa de Amorim e familiares com a União) do referido imóvel sob o número 15562 do livro 3-X, folhas 32 no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis Dr. Jeremias Sandoval, de Cachoeiro de Itapemirim. De 1951 a 1975, a área ficou sob a administração do Ministério da Agricultura e foi transferida para a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER), o imóvel desmembrado da propriedade do Sr. Argemiro foi denominado de “Fazenda Regional de Criação de Bananal do Norte”. Em 08 de fevereiro de 1980, 40% desse imóvel foi cedido, em comodato, para a então Emcapa. Atualmente está sob a administração do Incaper. Em 1985 o Governo do Estado do Espírito Santo demonstra o interesse de proteger essa área e o então governador, Gerson Camata, através do Decreto Lei 3.094 de 30 de setembro de 1985, em seu Art. 1º determina que “Fica declarada de preservação permanente a floresta e demais formas de vegetação natural existentes na área de aproximadamente 300 ha situada no município de Cachoeiro de Itapemirim-ES, na Fazenda Bananal do Norte de propriedade da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMBRATER, com a finalidade de proteção de exemplares da fauna e da flora ali existentes”. Ficou sob a responsabilidade do Instituto Estadual de Terras e Cartografias (ITC) a medição e demarcação da área. Possivelmente uma falta de ações mais concretas quanto à demarcação, manutenção e divulgação da área, levou-a a ser referida com nomes similares como, por exemplo, “Área de Preservação Permanente (APP) da Fazenda Bananal do Norte” ou “Área de Preservação da Fazenda Bananal do Norte” com tamanho da área indicado de 376 ha, ou ainda como uma área pertencente ao ITCF. Em 2002 ações concretas para transformar a área em UC foram realizadas. Uma consulta pública, por parte do Ibama, foi realizada em agosto de 2002 na sede da Estação Experimental de Bananal do Norte (EEBN) onde foi distribuído um documento intitulado “Notas e justificativas para a criação das Flonas de Pacotuba e de Goytacazes”. Finalmente, em 13 de dezembro de 2002, por meio do Decreto Presidencial s/n, datado de 13 de dezembro, parte da área da Fazenda Experimental Bananal do Norte foi transformada na Flona Pacotuba com um total de 450,59 ha. | ||
+ | |Features=A flona é atrativa para as pessoas que gostam de estar em contato com a natureza, realizar caminhadas em meio a mata e também visualizar e conhecer as espécies ali existentes. | ||
|Geography and climate=RELEVO | |Geography and climate=RELEVO | ||
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*No Espírito Santo, na faixa de altitude entre 0 e 300 m o clima se classifica como quente e úmido, com estação seca em outono-inverno, no qual a maior percentagem de chuvas cai no verão e o mês mais seco apresenta um total de 60 mm ou menos. Pode-se dizer que é megatérmico, com verão chuvoso e inverno seco. Este mesmo tipo de clima predomina em quase 70% do estado do Espírito Santo. Num contexto regional, utilizando as tabelas de zoneamento climático a região ao norte da cidade de Cachoeiro de Itapemirim encontram-se situada na Zona 6 no mapa de Zonas Naturais do Estado do Espírito Santo. Essa Zona é considerada como as áreas: quentes, acidentadas e secas. | *No Espírito Santo, na faixa de altitude entre 0 e 300 m o clima se classifica como quente e úmido, com estação seca em outono-inverno, no qual a maior percentagem de chuvas cai no verão e o mês mais seco apresenta um total de 60 mm ou menos. Pode-se dizer que é megatérmico, com verão chuvoso e inverno seco. Este mesmo tipo de clima predomina em quase 70% do estado do Espírito Santo. Num contexto regional, utilizando as tabelas de zoneamento climático a região ao norte da cidade de Cachoeiro de Itapemirim encontram-se situada na Zona 6 no mapa de Zonas Naturais do Estado do Espírito Santo. Essa Zona é considerada como as áreas: quentes, acidentadas e secas. | ||
− | |Fauna and flora= Na Flona foram encontradas 324 espécies de plantas distribuídas em 64 famílias e 205 gêneros. Onde se verificou que as famílias mais abundântes são: Myrtaceae (29), Fabaceae (24), Sapotaceae (17), Mimosaceae e Rubiaceae com 15 cada, Caesalpiniaceae, Meliaceae e Euphorbiaceae com 14 cada, e Lauraceae com 13. Quanto ao hábito de vida das espécies amostradas 293 são arbóreas, 07 arbustiva, 12 são herbácea terrícola e 12 são epífitas. | + | |Fauna and flora=Na Flona foram encontradas 324 espécies de plantas distribuídas em 64 famílias e 205 gêneros. Onde se verificou que as famílias mais abundântes são: Myrtaceae (29), Fabaceae (24), Sapotaceae (17), Mimosaceae e Rubiaceae com 15 cada, Caesalpiniaceae, Meliaceae e Euphorbiaceae com 14 cada, e Lauraceae com 13. Quanto ao hábito de vida das espécies amostradas 293 são arbóreas, 07 arbustiva, 12 são herbácea terrícola e 12 são epífitas. |
Entre as 324 espécies foram detectadas 43 espécies ameaçadas de extinção na Flona. Destas, destacam-se a Paratecoma peroba, Couratari asterotricha, Melanoxylon brauna, Caesalpinia echinata (*plantada) e Pouteria pachycalyx, por se encontrarem na categoria de criticamente em perigo. E também foram encontradas 50 espécies endêmicas da Mata Atlântica subentendidas em 22 famílias botânicas. Estas espécies possuem valor único por ocorrerem em um dos biomas mais ameaçados do mundo. | Entre as 324 espécies foram detectadas 43 espécies ameaçadas de extinção na Flona. Destas, destacam-se a Paratecoma peroba, Couratari asterotricha, Melanoxylon brauna, Caesalpinia echinata (*plantada) e Pouteria pachycalyx, por se encontrarem na categoria de criticamente em perigo. E também foram encontradas 50 espécies endêmicas da Mata Atlântica subentendidas em 22 famílias botânicas. Estas espécies possuem valor único por ocorrerem em um dos biomas mais ameaçados do mundo. | ||
A fauna da região é pouco conhecida e a maioria das informações se restringem a trabalhos isolados de caráter pessoal/acadêmicos, além disso, não existe um local que agregue tais informações. Com raras exceções, não existem trabalhos abordando diversidade, endemismos, espécies ameaçadas e ecologia, nem tão pouco a dinâmica de | A fauna da região é pouco conhecida e a maioria das informações se restringem a trabalhos isolados de caráter pessoal/acadêmicos, além disso, não existe um local que agregue tais informações. Com raras exceções, não existem trabalhos abordando diversidade, endemismos, espécies ameaçadas e ecologia, nem tão pouco a dinâmica de | ||
− | fauna da região, trabalhos considerados como base para qualquer avaliação de manejo. | + | fauna da região, trabalhos considerados como base para qualquer avaliação de manejo. |
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|Threats and problems=* Incêndio: A Floresta Nacional de Pacotuba por ser coberta por formação de Floresta Estacional semidecidual, também conhecida como “Mata Seca” devido a sua aparência no inverno e período de longa estiagem e por ser cortada pela rodovia ES 483, que liga a sede do município ao distrito de Burarama, e ainda próximo a ES 482, com destino aos municípios do Sul, com tráfego intenso de veículos e a falta de sinalização e consciência ambiental dos transeuntes coloca a Unidade de Conservação em grande risco de incêndios florestais. Em seu entorno direto, existem culturas de cana de açúcar, pastagens e ainda a antiga prática do uso do fogo para o manejo e a limpeza de restos culturais, apesar da legislação e a extensão rural. | |Threats and problems=* Incêndio: A Floresta Nacional de Pacotuba por ser coberta por formação de Floresta Estacional semidecidual, também conhecida como “Mata Seca” devido a sua aparência no inverno e período de longa estiagem e por ser cortada pela rodovia ES 483, que liga a sede do município ao distrito de Burarama, e ainda próximo a ES 482, com destino aos municípios do Sul, com tráfego intenso de veículos e a falta de sinalização e consciência ambiental dos transeuntes coloca a Unidade de Conservação em grande risco de incêndios florestais. Em seu entorno direto, existem culturas de cana de açúcar, pastagens e ainda a antiga prática do uso do fogo para o manejo e a limpeza de restos culturais, apesar da legislação e a extensão rural. | ||
Edição das 23h43min de 14 de junho de 2015
Floresta Nacional de Pacotuba |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Espirito Santo |
Município: Cachoeiro de Itapemirim |
Categoria: Floresta |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 449,44 ha |
Diploma legal de criação: Dec s/nº de 13 de dezembro de 2002 |
Coordenação regional / Vinculação: CR11 - Lagoa Santa |
Contatos: *TELEFONE: (28) 3558 0119/ 9915 0119/ VOIP (61) 3103-9980
CEP: 29.323-000.
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Índice
Localização
A Floresta Nacional de Pacotuba está localizada no Espirito Santo, município de Cachoeiro de Itapimirim.
Como chegar
Partindo de Vitória pela BR 101 até a entrada para Cachoeiro de Itapemirim e seguindo pela ES 482 até a ES 483 seguindo daí até a Flona; pela BR 262 até Venda Nova do Imigrante e depois seguindo pela ES 166 até a ES 482 e daí até a ES 483 seguindo até a Flona, na rodovia João Domingos, km 2,5.
Ingressos
A visitação do parque é aberta e gratuita.
Onde ficar
No local onde se encontra a FLONA de pacotuba não possui hotéis ou alojamentos para estadias, sendo assim o lugar mais próximo para ficar é na cidade de Cachoeiro de Itapimirim.
Objetivos específicos da unidade
- Preservar a Biodiversidade, contribuindo para a conservação de espécies silvestres de Floresta Estacional Semi-decidual do sul do Estado do Espírito Santo.
- Promover o uso múltiplo dos recursos naturais incluindo a preservação dos recursos naturais, manejo de produtos não-madeireiros, manejo dos plantios de essências nativas e exóticas, implementação do uso público.
- Servir como banco e oferta de sementes florestais de espécies nativas, atendendo à demanda regional.
- Promover a manutenção e proteção dos recursos hídricos com a implantação de unidades demonstrativas de recuperação de Recursos Hídricos.
- Recuperar áreas degradadas na Flona e apoiar a atividade no entorno, diminuindo o efeito da fragmentação e favorecendo a implantação de corredores de biodiversidade.
- Ser um elemento de efetivação do Corredor Ecológico Burarama-PacotubaCafundó.
- Servir como instrumento para a proteção, controle ambiental e desenvolvimento social e econômico da Região onde a UC esta inserida.
Histórico
Em 9 de agosto de 1929 o Sr. Argemiro Barbosa de Amorim adquiriu do Estado por Rs 144$200 (cento e quarenta e quatro mil e duzentos réis) - nomenclatura da época - o terreno de Morro Seco e Bananal, no município de Cachoeiro de Itapemirim, guia n° 1852 da Secretaria de Agricultura, sem especificação do tamanho da área. Provavelmente o terreno à época era recoberto por vegetação primária. Em 30 de janeiro de 1950 o Sr. Argemiro B. de Amorim e familiares venderam parte do imóvel denominado Fazenda Bananal do Norte, 682,14 ha para a União, a maior parte dessa área continuava revestida por mata, a escritura pública de compra e venda do imóvel, foi lavrada no cartório do 16° Ofício do Rio de Janeiro. Em 03 de agosto de 1950 foi feito um novo registro da escritura de compra e venda (de Argemiro Barbosa de Amorim e familiares com a União) do referido imóvel sob o número 15562 do livro 3-X, folhas 32 no Cartório do 1º Ofício de Registro de Imóveis Dr. Jeremias Sandoval, de Cachoeiro de Itapemirim. De 1951 a 1975, a área ficou sob a administração do Ministério da Agricultura e foi transferida para a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMBRATER), o imóvel desmembrado da propriedade do Sr. Argemiro foi denominado de “Fazenda Regional de Criação de Bananal do Norte”. Em 08 de fevereiro de 1980, 40% desse imóvel foi cedido, em comodato, para a então Emcapa. Atualmente está sob a administração do Incaper. Em 1985 o Governo do Estado do Espírito Santo demonstra o interesse de proteger essa área e o então governador, Gerson Camata, através do Decreto Lei 3.094 de 30 de setembro de 1985, em seu Art. 1º determina que “Fica declarada de preservação permanente a floresta e demais formas de vegetação natural existentes na área de aproximadamente 300 ha situada no município de Cachoeiro de Itapemirim-ES, na Fazenda Bananal do Norte de propriedade da Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMBRATER, com a finalidade de proteção de exemplares da fauna e da flora ali existentes”. Ficou sob a responsabilidade do Instituto Estadual de Terras e Cartografias (ITC) a medição e demarcação da área. Possivelmente uma falta de ações mais concretas quanto à demarcação, manutenção e divulgação da área, levou-a a ser referida com nomes similares como, por exemplo, “Área de Preservação Permanente (APP) da Fazenda Bananal do Norte” ou “Área de Preservação da Fazenda Bananal do Norte” com tamanho da área indicado de 376 ha, ou ainda como uma área pertencente ao ITCF. Em 2002 ações concretas para transformar a área em UC foram realizadas. Uma consulta pública, por parte do Ibama, foi realizada em agosto de 2002 na sede da Estação Experimental de Bananal do Norte (EEBN) onde foi distribuído um documento intitulado “Notas e justificativas para a criação das Flonas de Pacotuba e de Goytacazes”. Finalmente, em 13 de dezembro de 2002, por meio do Decreto Presidencial s/n, datado de 13 de dezembro, parte da área da Fazenda Experimental Bananal do Norte foi transformada na Flona Pacotuba com um total de 450,59 ha.
Atrações
A flona é atrativa para as pessoas que gostam de estar em contato com a natureza, realizar caminhadas em meio a mata e também visualizar e conhecer as espécies ali existentes.
Aspectos naturais
Relevo e clima
RELEVO
De acordo com CPRM (2000) os relevos apresentados na região variam entre:
- Relevos de degradação sobre depósitos sedimentares - apresenta degradação sobre depósitos sedimentares são suavemente dissecados com extensas superfícies que variam de gradientes extremamente suaves a colinas tabulares.
- Relevos de degradação em planaltos dissecados ou superfícies aplainadas - Este domínio apresenta-se suave com um relevo de colinas muito pouco dissecadas. As vertentes são convexas e os topos arredondados ou alongados. Nestes locais há notável sedimentação de colúvios e alúvios.
- Relevos de degradação e áreas montanhosas, fora da área da Flona, mais de marcante caráter cênico: Este relevo apresenta vertentes predominantemente retilíneas a côncavas, escarpadas com topos de cristas alinhados, aguçadas ou levemente arredondados. O padrão de drenagem elevado com variações entre o sistema paralelo, dentríticos ou em treliça a retangular.
CLIMA
- No Espírito Santo, na faixa de altitude entre 0 e 300 m o clima se classifica como quente e úmido, com estação seca em outono-inverno, no qual a maior percentagem de chuvas cai no verão e o mês mais seco apresenta um total de 60 mm ou menos. Pode-se dizer que é megatérmico, com verão chuvoso e inverno seco. Este mesmo tipo de clima predomina em quase 70% do estado do Espírito Santo. Num contexto regional, utilizando as tabelas de zoneamento climático a região ao norte da cidade de Cachoeiro de Itapemirim encontram-se situada na Zona 6 no mapa de Zonas Naturais do Estado do Espírito Santo. Essa Zona é considerada como as áreas: quentes, acidentadas e secas.
Fauna e flora
Na Flona foram encontradas 324 espécies de plantas distribuídas em 64 famílias e 205 gêneros. Onde se verificou que as famílias mais abundântes são: Myrtaceae (29), Fabaceae (24), Sapotaceae (17), Mimosaceae e Rubiaceae com 15 cada, Caesalpiniaceae, Meliaceae e Euphorbiaceae com 14 cada, e Lauraceae com 13. Quanto ao hábito de vida das espécies amostradas 293 são arbóreas, 07 arbustiva, 12 são herbácea terrícola e 12 são epífitas.
Entre as 324 espécies foram detectadas 43 espécies ameaçadas de extinção na Flona. Destas, destacam-se a Paratecoma peroba, Couratari asterotricha, Melanoxylon brauna, Caesalpinia echinata (*plantada) e Pouteria pachycalyx, por se encontrarem na categoria de criticamente em perigo. E também foram encontradas 50 espécies endêmicas da Mata Atlântica subentendidas em 22 famílias botânicas. Estas espécies possuem valor único por ocorrerem em um dos biomas mais ameaçados do mundo.
A fauna da região é pouco conhecida e a maioria das informações se restringem a trabalhos isolados de caráter pessoal/acadêmicos, além disso, não existe um local que agregue tais informações. Com raras exceções, não existem trabalhos abordando diversidade, endemismos, espécies ameaçadas e ecologia, nem tão pouco a dinâmica de fauna da região, trabalhos considerados como base para qualquer avaliação de manejo.
Problemas e ameaças
- Incêndio: A Floresta Nacional de Pacotuba por ser coberta por formação de Floresta Estacional semidecidual, também conhecida como “Mata Seca” devido a sua aparência no inverno e período de longa estiagem e por ser cortada pela rodovia ES 483, que liga a sede do município ao distrito de Burarama, e ainda próximo a ES 482, com destino aos municípios do Sul, com tráfego intenso de veículos e a falta de sinalização e consciência ambiental dos transeuntes coloca a Unidade de Conservação em grande risco de incêndios florestais. Em seu entorno direto, existem culturas de cana de açúcar, pastagens e ainda a antiga prática do uso do fogo para o manejo e a limpeza de restos culturais, apesar da legislação e a extensão rural.
- Caça: muito embora essa área tenha problemas de caça, a intensidade não é tão elevada.
- Extração ilegal de madeira: foi diagnosticado apenas um caso de extração ilegal de madeira, em 2004, fato que não se repetiu posteriormente. Entretanto existe a prática de retirada de madeira para lenha, principalmente nas proximidades da comunidade de Monte Alegre.
- Criação de gado: existem áreas de pastagem no entorno da Flona, com a penetração eventual de gado na borda de seu complexo florestal. Além disso, na área aberta pela Incaper existiam alguns bois, de proprietários vizinhos à Flona que foram recentemente removidos e o cercamento da área refeita para impedir novos usos impróprios.
Fontes
- “PLANO DE MANEJO DA FLORESTA NACIONAL DE PACOTUBA, LOCALIZADA NO ESTADO DO ESPIRITO SANTO" - VOLUME I.
- “PLANO DE MANEJO DA FLORESTA NACIONAL DE PACOTUBA, LOCALIZADA NO ESTADO DO ESPIRITO SANTO” - VOLUME II.
- http://uc.socioambiental.org/uc/591808
- http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unidades-de-conservacao/biomas-brasileiros/mata-atlantica/unidades-de-conservacao-mata-atlantica/2188-flona-de-pocotuba.html
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