Mudanças entre as edições de "Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses"
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'''Bioma:''' Marinho costeiro | '''Bioma:''' Marinho costeiro |
Edição das 16h56min de 10 de fevereiro de 2014
Nome da Unidade: Parque Nacional dos Lençois Maranhenses
Bioma: Marinho costeiro
Área: 155.000 hectares
Diploma legal de criação: Decreto nº 86.060 de 02 de junho de 1981.
Coordenação regional / Vinculação: Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)
Contatos:
Tel: (98) 3349-1267
Endereço sede: Rua Cazuza Ramos, 328
Barreirinhas, Maranhão
CEP: 65.590-000
Índice
Localização
O Parque está localizado costa semi-árida no norte do estado do Maranhão, a 370 km da capital São Luís, e abrange os municípios de Barreirinha, Santo Amaro do Maranhão, Primeira Cruz e Barreirinhas.
Como chegar
O acesso pode ser feito por via terrestre pela BR-135; por via marítima, entrando no canal do Rio Preguiças em Atins; e por via fluvial, a partir de Barreirinhas, através do Rio Preguiças.
Por via terrestre, saindo de São Luís, percorre-se 58 Km até Rosário, e depois seguir mais 22 Km até Morros e 162 Km até Barreirinhas, cruzando o trevo para Humberto de Campos.
Por via fluvial, adentra-se através do mesmo Rio Preguiças, a partir de Barreirinhas, onde se pode chegar até Atins, onde está uma sede administrativa. A sede do Parque fica a 2 Km de Barreirinhas, do outro lado do Rio Preguiças, onde se atravessa de balsa.
É possível ainda seguir em avião de São Luís para Barreirinhas, que recebe voos fretados que saem da capital, mas apenas para aeronaves de pequeno porte. De avião bimotor e monomotor, a partir de São Luís, chega-se a Barreirinhas em 50 minutos, em média.
Ingressos
Não há cobrança de ingresso.
O melhor período de visitação é de maio a setembro, em que as lagoas estão cheias.
Onde ficar
O município de Barreirinhas oferece opções de hospedagem aos visitantes. É possível buscar no site do governo do Estado do Maranhão: http://www.turismo.ma.gov.br/pt/polos/lencois/ficar.htm
Objetivos específicos da unidade
A UC tem como objetivo proteger as amostras representativas e ecossistemas terrestre e marinho, pois apresenta grandes campos de dunas costeiras formadas ao longo do período quaternário em áreas de transição da floresta amazônica, cerrado e caatinga.
Histórico
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Atrações
O maior atrativo são as dunas, rios, lagoas e manguezais. A UC conserva um raro fenômeno geológico formado há milhares de anos. Apesar de assemelhar-se a um deserto, a região formada por dunas é banhada por inúmeros rios. Algumas das principais lagoas são: a Lagoa Azul e Lagoa Bonita (é preciso subir uma duna de 40 metros de altura para chegar à lagoa), Lagoa da Esperança, Lagoa da Gaivota, Lagoa da Betânia e a Lagoa das Emendadas.
Os povoados de Caburé, Atins e Mandacaru são pontos de parada. Em Barreirinhas, é possível visitar as praias Ponta do Mangue, Moitas, Vassouras, Morro do Boi e Barra do Tatu.
Aspectos naturais
A UC está inserida no Cerrado, mas apresenta grande influência da Caatinga e da Amazônia com espécies encontradas nestes três biomas. O Parque abriga ecossistemas diversos e frágeis, como restingas, manguezais e um campo de dunas que ocupa dois terços da unidade de conservação.
As dunas podem chegar a 20 metros de altura e os ventos sopram fortemente atingindo até 70 km/h, transportando dunas e remodelando a paisagem e criando complexos interlagunares.
Relevo e clima
O clima é tropical com temperatura média de 28° C e um regime pluviométrico que caracteriza a estação chuvosa e a seca.
O relevo é suavemente ondulado de cotas inferiores a 100 metros, onde se encontram extensos campos de dunas.
Fauna e flora
Na maior parte do Parque não há recobrimento de vegetação. Já a fauna, abrigam-se aves migratórias como maçaricos, trinta-réis-boreal e marreca-de-asa-azul.
Nos manguezais destacam-se a jacaretingá, o veado-mateiro e a paca.
Problemas e ameaças
A criação de animais dentro do Parque representa uma atividade conflitante com os usos destinados a uma Unidade de Conservação. Cabras, porcos e gado bovino são encontrados em toda extensão do Parque, enquanto búfalos e cavalos estão mais restritos à área de Travosa e Santo Amaro. O intenso pastoreio destes animais não só reduz a disponibilidade de recursos para a fauna silvestre, como também pode alterar a composição florística.
A pesca industrial é realizada por barcos provenientes da frota de empresas sediadas em Belém (PA), Luís Correia (PI) e Camocim (CE). Estes barcos executam, pricipalmente, a pesca com arrastão de portas desde a foz do Rio Preguiças até a foz do rio Baleia, constituindo-se uma prática inadequada, conflitante e predatória, interferindo assim no recrutamento dos estoques pesqueiros.
A pesca de subsistência é realizada por moradores do interior e das proximidades do Parque. Embora ainda esporádica, há ocorrência de caça dentro da Unidade de Conservação, devido à vulnerabilidade de entrada no Parque com uma fiscalização deficiente. A pressão de caça é impactante sobre as populações de aves e mamíferos da região. A pressão de caça pode ter sido responsável pela ausência ou quase desaparecimento de espécies como o veado-catingueiro, a paca e a cutia.
As atividades extrativistas são exercidas dentro da área do Parque com a exploração de palmeiras de buriti, babaçu, tucum e carnaúba, das quais se extraem, principalmente, palha, cera, amêndoa e coco. Há ainda extrativismo de castanha de caju e de madeira para a produção de carvão e lenha.
Já a exploração de petróleo, iniciada na década de 70, com a instalação de tubulações e gasodutos, constitui uma ameaça em potencial, para a manutenção da integridade dos recursos naturais da região. Esta atividade conflitante ainda não assumiu dimensões preocupantes porque a prospecção realizada mostrou um combustível de baixa qualidade, inviabilizando a sua exploração de maneira econômica.
E ainda, a implantação do Pólo Ecoturístico dos Lençóis Maranhenses tem gerado especulação imobiliária na região do Parque e na área de amortecimento, com tendências de expansão turística e construção de casas de veraneio e complexos turísticos em zonas de criticidade ambiental constituídas por dunas, praias e restingas, com expropriação da população nativa.
Fontes
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/382/
https://www.facebook.com/parquelencoismaranhenses
Decreto de criação: http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_lencois_maranhenses.pdf
http://www.icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses/
http://www.icmbio.gov.br/parnalencoismaranhenses/guia-do-visitante.html