Mudanças entre as edições de "Parque Nacional Guaricana"
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CR09- Florianópolis | CR09- Florianópolis |
Edição das 23h58min de 27 de novembro de 2016
Parque Nacional Guaricana |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Parana |
Município: Guaratuba, Morretes, São José dos Pinhais |
Categoria: Parque |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 49.286,87 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto s/n de 13 de outubro de 2014 |
Coordenação regional / Vinculação: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio CR09- Florianópolis |
Contatos: Rodovia Maurício Sirotsky Sobrinho, s/nº, CEP 88053700, Jurerê Florianópolis/SC |
Índice
Localização
Ainda não está aberto à visitação.
Como chegar
Fica a 50 quilômetros de Curitiba, com acesso por rodovias duplicadas.
Ingressos
Ainda não está aberto à visitação.
Onde ficar
Ainda não está aberto à visitação.
Objetivos específicos da unidade
Garantir a preservação de remanescentes de floresta ombrófila densa e floresta ombrófila mista, incluídos flora, fauna, recursos hídricos e geológicos, geomorfologia e paisagens naturais associadas.
Histórico
Por ocasião do encerramento das operações do Banco Bamerindus S.A., foram repassados ao Patrimônio da União dois imóveis localizados na região da Serra do Mar do Estado do Paraná visando saldar dívidas daquela instituição financeira com o Governo Federal. A Secretaria do Patrimônio da União, vinculada ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, por sua vez, resolveu transferir a gestão dos referidos imóveis ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), visto se tratarem de propriedades constituídas por florestas naturais, em regiões predominantemente montanhosas, localizadas em Áreas de Proteção Ambiental (APA’s).
Em Julho de 2008 realizou-se uma visita preliminar ao imóvel denominado de Fazenda Guaricana, pelo qual decidiu-se iniciar os trabalhos de campo. Imediatamente após o reconhecimento de campo e de posse de informações pré-existentes da área, repassadas pela equipe do IBAMA/ICMBIO, iniciaram-se contatos com instituições e técnicos que atuam na região para a constituição de equipe multidisciplinar para a consecução dos levantamentos de campo na área de Guaricana, Bom Jesus e respectivos entornos. Paralelamente foram realizados os trâmites para contratação de consultoria técnica para elaboração de relatórios sócio-econômicos e fundiários para as áreas de entorno dos imóveis de Guaricana e Bom Jesus, através de recursos do Projeto Mata Atlântica (NAPMA/MMA).
O Guaricana deve ser o sexto parque nacional no Paraná e a décima quinta unidade federal de conservação no estado. Parques são áreas de proteção integral, em que somente turismo, educação ambiental e pesquisa são permitidos. São unidades de preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica.
A proximidade com outro parque – o Saint-Hilaire/Lange – é importante para formar o que os biólogos chamam de mosaicos: áreas que facilitam a troca genética entre as espécies e maior incidência de grandes mamíferos, que precisam de vastas extensões de terra para sobreviver.
Após seis anos sem o anúncio de novas unidades federais de conservação no Paraná, foi decretada, em junho de 2012, a criação da Reserva Biológica Bom Jesus, entre Antonina e Guaraqueçaba, no Litoral. A área também é decorrente de uma antiga fazenda do banco Bamerindus. Com 34 mil hectares, a reserva fica dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba, que está sujeita a menos restrições de uso. Permite-se, por exemplo, a presença de agricultura e moradias.
Atrações
Entre os atrativos do parque estão dezenas de cachoeiras, montanhas para escaladas e o tradicional Caminho do Arraial, que liga a capital paranaense ao Litoral desde o Período Colonial.
Caminho do Arraial - sua abertura não tem data certa, pois não se têm documentos que a comprovem. Há relatos que indicam que a abertura da picada do Caminho do Arraial foi entre os períodos de 1586 e 1590, ou seja, o Caminho do Arraial possui mais de 400 anos.
Aspectos naturais
Relevo e clima
Relevo
A Serra do Mar do Paraná, com seu complicado tectonismo de falhas e zonas de maiores elevações das rochas cristalinas, forma uma serra marginal que sobrepuja os planos de nível do planalto do interior, ou planalto de Curitiba. Ela não representa no Paraná apenas o degrau entre o planalto do interior e o litoral, mas constitui uma serra marginal bem marcada que se eleva de 500 a 1.000 m sobre o nível geral do primeiro planalto. Ela é repartida, por conjuntos de blocos altos e baixos, em maciços diversos, os quais receberam denominações regionais especiais.
Destacam-se na área do parque os grandes blocos de serras, especialmente a Serra Preta, a Serra do Engenho, a Serra da Igreja e a Serra das Canavieiras, as duas últimas apresentando os pontos culminantes da área, respectivamente com 1.299 e 1.381 m s.n.m. Junto ao extremo Sudeste da proposta, no rio Cubatão, se encontram os locais de menor cota da área, com cerca de 30 m s.nm.
Clima
A área do parque apresenta clima variando entre Cfb (subtropical úmido com verão temperado), Cfa (subtropical úmido com verão quente) e Af (tropical úmido ou clima equatorial) conforme a Classificação de Köppen.
O clima equatorial apresenta alta média de temperatura e alta pluviosidade (ultrapassa 2.000 mm de chuvas anuais), ao passo que o clima subtropical úmido manifesta-se com verão úmido e massas tropicais instáveis. As precipitações na Serra do Mar são bem distribuídas ao longo do ano e apresentam grande variação em função da topografia. Medições na região litorânea ultrapassam 2.000 mm anuais, e nas encostas da serra os valores chegam a 3.500 mm. Já na região do planalto, ultrapassando a cadeia de montanhas, não ultrapassa a 1.500 mm anuais.
Fauna e flora
Fauna
A fauna local é rica, abundante e apresenta elevadíssimos índices de diversidade, em função dos diferentes tipos de ecossistemas ocorrentes, além da abundância de recursos hídricos, incluindo inúmeras várzeas e nascentes de rios e córregos.
Na Área de Especial Interesse Turístico do Marumbi foram registradas 314 espécies de aves, o que correspondia a quase metade do total verificado em campo no Estado do Paraná à época do estudo em 2006. Essa riqueza considerável deve-se, além da expressiva área protegida da unidade de conservação, à grande abundância de hábitats, decorrente da gradação altitudinal e representação de todas as formas fitofisionômicas da floresta ombrófila densa além de parte da floresta ombrófila mista e da estepe a ela diretamente associada.
A região extremo leste do Paraná, que compreende a planície litorânea e a Serra do Mar, representa uma pequena porção da área total do Estado na qual ocorrem aproximadamente 72,3% do número de espécies da mastofauna do Paraná, o que comprova sua extrema importância como reduto de fauna. Entre os mamíferos encontrados na região estão o Leopardus sp. (gato-do-mato), Lontra longicaudis (lontra), Sylvilagus brasiliensis (tapiti), Sphiggurus vilossus (ouriço), Tayassu pecari (porco-do-mato), entre outras.
Flora
A área da UC se encontra em uma região de contato (Ecótono Vegetacional) entre a Floresta Ombrófila Mista (floresta com araucárias) e a Floresta Ombrófila Densa (floresta densa atlântica), embora haja predomínio da última formação. Refúgios vegetacionais ou campos de altitude também ocorrem pontualmente na área, sobre os pontos mais elevados das serras das Canavieiras e da Igreja.
A Floresta Ombrófila Densa Submontana ocorre nas partes mais baixas das encostas. Espécies comuns são a quaresmeira, na fase inicial; a guaricica e o guapuruvu, na fase intermediária; e canelanhutinga, pau-de-sangue, jequitibá, pau-óleo, figueira, bocuva, cedro, canjerana, figueiras, miguel-pintado, cuvatã, licurana e palmito, entre muitas outras espécies, na fase madura.
A Floresta Ombrófila Densa Montana estende-se pelas áreas mais íngremes, em geral entre 400 e 1200 metros de altitude. Muitas das espécies são as mesmas da formação anter ior, porém algumas, como o palmito e o guapuruvu, não ultrapassam os 600 metros de altitude. Espécies comuns são; canela-preta, canela-sassafrás, pau-óleo, caovi, licurana, canjerana, cedro, figueiras, miguel-pintado e cuvatã, entre muitas outras.
A Floresta Ombrófila Densa Altomontana representa a vegetação florestal situada nos topos dos morros da Serra do Mar, formada de árvores baixas (3-5 metros) e geralmente tortuosas, em alta densidade. São espécies comuns; cataia, caúna, cocão, orelha-de-onça, guamirins e cambuís.
A Floresta Ombrófila Mista Montana é a floresta com araucárias propriamente dita. Ocorre em forma de capões ou então contínua, em grande extensão. São espécies companheiras da Araucaria angustifoliana fase madura; imbuia, canela-sassafrás, ipê-amarelo, cedro, canjerana, erva-mate, caúna, miguel pintado, camboatá, cataia, guabirova, pitangueira e muitas outras.
Problemas e ameaças
As maiores e mais graves ameaças à área e entorno imediato são a caça, o roubo de palmito-juçara e a ampliação dos plantios de banana e arroz. As duas últimas ocorrem com maior destaque ao longo da estrada da Limeira, especialmente ao Sul/Sudeste da área da proposta de unidade de conservação, enquanto as duas primeiras ocorrem ao longo de toda a área, de forma generalizada.
Fontes
http://www.nossolitoraldoparana.com/atrativo/lista/7/14
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/meio-ambiente/conteudo.phtml?id=1308454