Mudanças entre as edições de "Reserva Rio Das Furnas"

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|Category=Reserva Particular do Patrimônio Natural
 
|Category=Reserva Particular do Patrimônio Natural
 
|Biome=Mata Atlântica
 
|Biome=Mata Atlântica
|Area=53,5 ha
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|Area=53,5 hectares
 
|Legal documents=Reserva Rio das Furnas I: Portaria IBAMA nº 61, de 16 de abril de 2002 - 10ha
 
|Legal documents=Reserva Rio das Furnas I: Portaria IBAMA nº 61, de 16 de abril de 2002 - 10ha
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Reserva Rio das Furnas II: Portaria ICMBio 168, de 11 de março de 2013 - 43,5ha
 
Reserva Rio das Furnas II: Portaria ICMBio 168, de 11 de março de 2013 - 43,5ha
|Contacts=Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka
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|Contacts=reserva@riodasfurnas.org.br / www.riodasfurnas.org.br
 
|Location=(UTM) 6.936.900 N e 680.100 - 80 km de Florianópolis, 145 km de Lages, e 187 km de Blumenau.
 
|Location=(UTM) 6.936.900 N e 680.100 - 80 km de Florianópolis, 145 km de Lages, e 187 km de Blumenau.
 
|How to get there=A Reserva não está aberta à visitação, somente para pesquisas e estágios.
 
|How to get there=A Reserva não está aberta à visitação, somente para pesquisas e estágios.
 
|Tickets=Fechada ao público.
 
|Tickets=Fechada ao público.
|Where to stay=Possui uma casa com dois quartos pequenos para alojamento de até 4 pessoas e um rancho com um quarto e banheiro que pode abrigar até duas pessoas.
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|Where to stay=Para pesquisadores e estagiários: casa com dois quartos pequenos (4 pessoas) e um rancho com um quarto e banheiro (2 pessoas).
|Objectives=Conservação e incentivo de pesquisas científicas e estágios.
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|Objectives=Conservação e incentivo para pesquisas científicas e estágios.
 
|History=A área foi adquirida por Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka no ano de 2001. Até então, era utilizada para o cultivo de cebola e milho e a criação de gado.  Por ser a última propriedade localizada no interior de um cânion, grande parte de seu relevo não pôde ser aproveitado para a agricultura e pastagem, característica que possibilitou que algumas áreas com vegetação nativa permanecessem conservadas. Além disso, o solo pobre e raso não permitiu um cultivo excessivo no mesmo local facilitando a recuperação das áreas deixadas para descanso, de forma lenta mas progressiva.  
 
|History=A área foi adquirida por Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka no ano de 2001. Até então, era utilizada para o cultivo de cebola e milho e a criação de gado.  Por ser a última propriedade localizada no interior de um cânion, grande parte de seu relevo não pôde ser aproveitado para a agricultura e pastagem, característica que possibilitou que algumas áreas com vegetação nativa permanecessem conservadas. Além disso, o solo pobre e raso não permitiu um cultivo excessivo no mesmo local facilitando a recuperação das áreas deixadas para descanso, de forma lenta mas progressiva.  
  
Quando adquirida, a propriedade já possuía duas pequenas edificações na parte mais plana em proximidade da divisa Oeste. Uma delas,  a pequenina casa construída com madeira de araucária na década de 40, foi reformada e se tornou a moradia dos proprietários durante nove anos, de 2001 a 2010. O rancho, utilizado para guardar as colheitas anuais de cebola, também passou por reformas e atualmente tem um quarto para duas pessoas, banheiro, depósito, atelier e garagem.
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Quando adquirida, a propriedade já possuía duas pequenas edificações na parte mais plana em proximidade da divisa Oeste. Uma delas,  a pequenina casa construída com madeira de araucária na década de 40, foi reformada e se tornou a moradia dos proprietários durante nove anos, de 2001 a 2010. O rancho, utilizado para guardar as colheitas anuais de cebola, também passou por reformas e atualmente tem um quarto para duas pessoas, banheiro, depósito, ''atelier'' e garagem.
  
 
Desde o início Renato e Gabriela realizaram atividades de Educação Ambiental na escola da comunidade de São Leonardo e no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura Municipal de Alfredo Wagner.   
 
Desde o início Renato e Gabriela realizaram atividades de Educação Ambiental na escola da comunidade de São Leonardo e no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura Municipal de Alfredo Wagner.   
 
Envolvendo várias pessoas da comunidade e a Prefeitura Municipal, também realizaram o primeiro mutirão de limpeza dos rios das Furnas, Adaga e Araçá e a visita à Santa Rosa de Lima para o conhecimento das atividades de agroecologia e turismo sustentável realizadas por agricultores desta cidade. Em 2011, já em parceria com a SPVS, a Reserva promoveu uma oficina de Educação Ambiental para os professores da rede municipal de Alfredo Wagner.
 
Envolvendo várias pessoas da comunidade e a Prefeitura Municipal, também realizaram o primeiro mutirão de limpeza dos rios das Furnas, Adaga e Araçá e a visita à Santa Rosa de Lima para o conhecimento das atividades de agroecologia e turismo sustentável realizadas por agricultores desta cidade. Em 2011, já em parceria com a SPVS, a Reserva promoveu uma oficina de Educação Ambiental para os professores da rede municipal de Alfredo Wagner.
  
Desde janeiro de 2009 até dezembro de 2013, a Reserva fez parte do “Programa Desmatamento Evitado”, idealizado e executado pela SPVS e que tem como estratégia de ação a aliança entre empresas e proprietários de florestas bem conservadas.
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Entre janeiro de 2009 até dezembro de 2013, a Reserva fez parte do “Programa Desmatamento Evitado”, idealizado e executado pela SPVS e que tem como estratégia de ação a aliança entre empresas e proprietários de florestas bem conservadas.
  
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Em janeiro de 2010 a área sofreu uma tempestade violenta (aprox. 170mm em 3h40m) que destruiu o acesso e deixou as estradas frágeis, o que inviabilizou a visitação, embora a defesa civil tenha recuperado parte dos estragos causados. A última ponte que dá acesso á Reserva está em situação precária até o momento (junho/14)
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|Features=Programa da Terra da Gente/EPTV (em duas partes),:
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http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/v/terra-da-gente-rio-das-furnas-bloco-1/2485962/
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http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/v/terra-da-gente-rio-das-furnas-bloco-2/2486045/
 
|Geography and climate=Geomorfologia e Relevo
 
|Geography and climate=Geomorfologia e Relevo
  
Esta inserida numa região caracterizada pela unidade geomorfológica Patamares do Alto Rio Itajaí. Situa-se na parte interna de um pequeno cânion em forma de “U” cuja abertura está voltada para Oeste. O Rio das Furnas atravessa o cânion passando pelo meio da propriedade, onde a altitude pode atingir em torno de 750 m s.n.m.                                                                                             
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Esta inserida numa região caracterizada pela unidade geomorfológica Patamares do Alto Rio Itajaí. Situa-se na parte interna de um pequeno cânion em forma de “U” cuja abertura está voltada para Oeste. O Rio das Furnas atravessa o cânion passando pelo meio da propriedade, onde a altitude pode atingir em torno de 750 m s.n.m.  
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É delimitada por platôs, nos quais a altitude pode chegar a 900 m s.n.m., abrigando diversas nascentes que correm pelos paredões do cânion para o interior do Rio das Furnas em forma de belas cachoeiras. As encostas do vale são íngremes sendo as escarpas em degraus visíveis de alguns pontos dos platôs.
 
É delimitada por platôs, nos quais a altitude pode chegar a 900 m s.n.m., abrigando diversas nascentes que correm pelos paredões do cânion para o interior do Rio das Furnas em forma de belas cachoeiras. As encostas do vale são íngremes sendo as escarpas em degraus visíveis de alguns pontos dos platôs.
  
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Insere-se em uma região de clima mais ameno. Os verões são frescos, sendo a temperatura média do mês mais quente menor que 22,0°C.  As temperaturas mínimas nos meses de inverno ficam abaixo de 0°C.
 
Insere-se em uma região de clima mais ameno. Os verões são frescos, sendo a temperatura média do mês mais quente menor que 22,0°C.  As temperaturas mínimas nos meses de inverno ficam abaixo de 0°C.
 
A pluviosidade total na área é elevada e bem distribuída durante o ano variando de 1.460 a 1.820 mm.  A umidade relativa do ar encontra-se entre 76,3 a 77,7%.
 
A pluviosidade total na área é elevada e bem distribuída durante o ano variando de 1.460 a 1.820 mm.  A umidade relativa do ar encontra-se entre 76,3 a 77,7%.
 
 
|Fauna and flora=FAUNA
 
|Fauna and flora=FAUNA
  
Aves
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'''Aves'''
  
O diagnóstico da avifauna realizado pela equipe da Sociedade Chauá e SPVS e complementado pela lista realizada com base em anos de observações do proprietário Renato Rizzaro, indicou a presença de 238 espécies. O total das espécies registradas representa 39% da avifauna conhecida para Santa Catarina, sendo algumas endêmicas do Brasil: ''Clytolaema rubricauda'', ''Merulaxis ater'', ''Leptasthenura striolata'', ''Attila rufus'', ''Carpornis cucullata'', ''Ilicura militaris'' e ''Tangara desmaresti''.
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O diagnóstico da avifauna realizado pela equipe da Sociedade Chauá e SPVS e complementado pela lista realizada com base em anos de observações de Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka, indicou a presença de 238 espécies. O total das espécies registradas representa 39% da avifauna conhecida para Santa Catarina, sendo algumas endêmicas do Brasil: ''Clytolaema rubricauda'', ''Merulaxis ater'', ''Leptasthenura striolata'', ''Attila rufus'', ''Carpornis cucullata'', ''Ilicura militaris'' e ''Tangara desmaresti''.
  
 
A composição da avifauna da área está relacionada aos ambientes associados às zonas de ecótono entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista.  
 
A composição da avifauna da área está relacionada aos ambientes associados às zonas de ecótono entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista.  
Outro fator que contribui para a riqueza e diversidade de espécies é a presença de campos rupestres na parte mais alta do cânion. Atualmente estes campos, de propriedades vizinhas, estão sendo ocupados e alterados pelos plantios de ''Pinus sp''.
 
  
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Outro fator que contribui para a riqueza e diversidade de espécies é a presença de campos rupestres na parte mais alta do cânion.
  
 
Lista completa: http://issuu.com/riodasfurnas/docs/aves_reserva_rio_das_furnas_atual
 
Lista completa: http://issuu.com/riodasfurnas/docs/aves_reserva_rio_das_furnas_atual
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Todas as fotos do poster de Aves da Floresta Atlântica foram tiradas dentro da Reserva: http://aveatlantica.blogspot.com
  
  
Mamíferos
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'''Mamíferos'''
  
 
As espécies de mamíferos registradas são na grande maioria de alta plasticidade ecológica (73%), o que significa que conseguem se adaptar com facilidade aos distúrbios do meio.  
 
As espécies de mamíferos registradas são na grande maioria de alta plasticidade ecológica (73%), o que significa que conseguem se adaptar com facilidade aos distúrbios do meio.  
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Com relação à pressão de caça, 36% das espécies apresentam alto interesse cinegético. Estão nesta categoria principalmente alguns macro-roedores (paca e cutia) e tatus, além dos felinos que são bastante perseguidos. Estas espécies encontram-se, então, sujeitas a pressões de caça constantes, sendo este o principal fator de impacto à sobrevivência das populações locais.
 
Com relação à pressão de caça, 36% das espécies apresentam alto interesse cinegético. Estão nesta categoria principalmente alguns macro-roedores (paca e cutia) e tatus, além dos felinos que são bastante perseguidos. Estas espécies encontram-se, então, sujeitas a pressões de caça constantes, sendo este o principal fator de impacto à sobrevivência das populações locais.
 
Mamíferos registrados na Reserva Rio das Furnas
 
  
 
Foram obtidas informações da ocorrência de 21 espécies de mamífero:
 
Foram obtidas informações da ocorrência de 21 espécies de mamífero:
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Caracterização Fitogeográfica
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'''Florística'''
  
A área está inserida no domínio do Bioma Mata Atlântica, sendo caracterizada pela situação de contato entre a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e a Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica).
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Faz parte do domínio do Bioma Mata Atlântica, sendo caracterizada pela situação de contato entre a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e a Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica).
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Sob o ponto de vista da riqueza específica, considerando apenas as espécies que ocorrem naturalmente na área protegida, destacam-se as famílias Myrtaceae, Asteraceae e Lauraceae.  
  
Florística
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Devido à geologia de origem e ao posicionamento geomorfológico, a área apresenta relevantes comunidades vegetais rupícolas, que se desenvolvem nas escarpas rochosas, nos paredões de cachoeiras, nos lajeados do rio das Furnas e sobre matacões rochosos no interior das florestas. Algumas espécies foram registradas somente nestes ambientes sendo, provavelmente, exclusivas. É o caso de ''Gaylussacia sp.'', ''Myrciaria sp.'', ''Campyloneuron'' sp. e ''Epidendrum ellipticum''.
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Menção especial deve ser feita à espécie ''Gunnera manicata'', que forma densas populações nas paredes úmidas das escarpas verticais, conferindo aspecto fisionômico muito típico.
  
Sob o ponto de vista da riqueza específica, considerando apenas as espécies que ocorrem naturalmente na área protegida, destacam-se as famílias Myrtaceae, Asteraceae e Lauraceae.
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A presença de espécies ameaçada de extinção, assim como de todas as outras consideradas ameaçadas, reforça a importância ecológica da área em nível regional: Araucária (''Araucaria angustifolia''), Gravatá (''Aechmea blumenavii''), Xaxim-bugio (''Dicksonia sellowiana''), Cabreúva (''Myrocarpus frondosus''), Imbuia (''Ocotea porosa''), Jacarandá (''Machaerium paraguariense''), Gunera (''Gunnera manicata''), Cravo-do-mato (''Tillandsia mallemontii''), Pinho-bravo (''Podocarpus sellowii'').
Devido à geologia de origem e ao posicionamento geomorfológico, a área apresenta relevantes comunidades vegetais rupícolas, que se desenvolvem nas escarpas rochosas, nos paredões de cachoeiras, nos lajeados do rio das Furnas e sobre matacões rochosos no interior das florestas. Algumas espécies foram registradas somente nestes ambientes sendo, provavelmente, exclusivas. É o caso de Gaylussacia sp., Myrciaria sp., Campyloneuron sp. e Epidendrum ellipticum.
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|Threats and problems=Invasão por espécies exóticas, principalmente a monucultura de Pinus sp. no entorno, prejudicando áreas de nascentes e de captação de água para o manancial, além da modificação paisagística, dificultando a dispersão e locomoção de certas espécies da flora e da fauna.
Menção especial deve ser feita à espécie Gunnera manicata, que forma densas populações nas paredes úmidas das escarpas verticais, conferindo aspecto fisionômico muito típico.
 
A presença de espécies ameaçada de extinção, assim como de todas as outras consideradas ameaçadas, reforça a importância ecológica da área em nível regional: Araucária (Araucaria angustifolia – Araucariaceae), Gravatá (Aechmea blumenavii – Bromeliaceae), Xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana – Dicksoniaceae), Cabreúva (Myrocarpus frondosus – Fabaceae), Imbuia (Ocotea porosa – Lauraceae), Jacarandá (Machaerium paraguariense), Gunera (Gunnera manicata), Cravo-do-mato (Tillandsia mallemontii), Pinho-bravo (Podocarpus sellowii).
 
  
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Incêndios acidentais ou criminosos: a constatação de queimadas em propriedades do entorno aponta para o perigo de incêndios.
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Sendo a Reserva localizada em um vale úmido dificilmente o fogo adentrará em profundidade vindo dos platôs para a propriedade, porém, as queimadas nos platôs podem avançar vale abaixo dependendo das condições atmosféricas, especialmente nas florestas em estágio inicial da sucessão.
  
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'''Caça'''
  
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Embora não tenha havido nenhum registro ou citação de caçadores utilizando a Reserva, o abate eventual de alguns exemplares foi relatado, principalmente quando se trata de espécies que ofereçam alegado risco a animais domésticos, como jaguatiricas e gambás, por exemplo.
  
|Threats and problems= Invasão por espécies exóticas, principalmente a monucultura de Pinus sp. no entorno, prejudicando áreas de nascentes e de captação de água para o manancial, além da modificação paisagística, dificultando a dispersão e locomoção de certas espécies da flora e da fauna.
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Captura de aves para criação em cativeiro e comercialização, prática comum em grande parte desta região catarinense.
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|Sources=Plano de Manejo da Reserva Rio das Furnas executado pela Sociedade Chauá com o apoio/financiamento da SPVS - http://www.spvs.org.br
  
Incêndios acidentais ou criminosos: a constatação de queimadas em propriedades do entorno aponta para o perigo de incêndios.  
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ROSÁRIO, L. A. 1996. As Aves em Santa Catarina: distribuição geográfica e meio ambiente. Florianópolis: FATMA, 326p.
Sendo a Reserva localizada em um vale úmido dificilmente o fogo adentrará em profundidade vindo dos platôs para a propriedade, porém, as queimadas nos platôs podem avançar vale abaixo dependendo das condições atmosféricas, especialmente nas florestas em estágio inicial da sucessão.
 
  
Caça: embora não tenha havido nenhum registro ou citação de caçadores utilizando a Reserva, o abate eventual de alguns exemplares foi relatado, principalmente quando se trata de espécies que ofereçam alegado risco a animais domésticos, como jaguatiricas e gambás, por exemplo.  
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SAVE BRASIL – Sociedade para a Conservação de Aves do Brasil. Lista das aves ameaçadas e quase ameaçadas no Brasil. Disponível em: <http://www.savebrasil.org.br/>. Acesso em: 07 out. 2009.
  
Captura de animais para criação em cativeiro e comercialização, prática comum em grande parte desta região catarinense.  
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SEMA-PR – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista vermelha de plantas ameaçadas de extinção no Estado do PARANÁ. Curitiba: SEMA/GTZ, 1995. 139p.
  
|Sources=ROSÁRIO, L. A. 1996. As Aves em Santa Catarina: distribuição geográfica e meio ambiente. Florianópolis:
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SEMA-RS – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul. Disponível em : <http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/pdf/especiesameacadas.
FATMA, 326p.
 
SAVE BRASIL – Sociedade para a Conservação de Aves do Brasil. Lista das aves ameaçadas e quase
 
ameaçadas no Brasil. Disponível em: <http://www.savebrasil.org.br/>. Acesso em: 07 out. 2009.
 
SEMA-PR – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista vermelha de plantas ameaçadas de extinção no
 
Estado do PARANÁ. Curitiba: SEMA/GTZ, 1995. 139p.
 
SEMA-RS – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção
 
do Rio Grande do Sul. Disponível em : <http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/pdf/especiesameacadas.
 
 
pdf>. Acesso em 23 jun. 2009.
 
pdf>. Acesso em 23 jun. 2009.
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SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova fronteira. 912p. 1997.
 
SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova fronteira. 912p. 1997.
 
}}
 
}}
Programa feito na Reserva Rio das Furnas pela Terra da Gente/EPTV (em duas partes):
 
http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/v/terra-da-gente-rio-das-furnas-bloco-1/2485962/
 
http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/v/terra-da-gente-rio-das-furnas-bloco-2/2486045/
 

Edição atual tal como às 14h12min de 31 de janeiro de 2018



Reserva Rio Das Furnas
Esfera Administrativa: Particular
Estado: Santa Catarina
Município: Alfredo Wagner
Categoria: Reserva Particular do Patrimônio Natural
Bioma: Mata Atlântica
Área: 53,5 hectares
Diploma legal de criação: Reserva Rio das Furnas I: Portaria IBAMA nº 61, de 16 de abril de 2002 - 10ha

Reserva Rio das Furnas II: Portaria ICMBio 168, de 11 de março de 2013 - 43,5ha

Coordenação regional / Vinculação:
Contatos: reserva@riodasfurnas.org.br / www.riodasfurnas.org.br

Localização

(UTM) 6.936.900 N e 680.100 - 80 km de Florianópolis, 145 km de Lages, e 187 km de Blumenau.

Como chegar

A Reserva não está aberta à visitação, somente para pesquisas e estágios.

Ingressos

Fechada ao público.

Onde ficar

Para pesquisadores e estagiários: casa com dois quartos pequenos (4 pessoas) e um rancho com um quarto e banheiro (2 pessoas).

Objetivos específicos da unidade

Conservação e incentivo para pesquisas científicas e estágios.

Histórico

A área foi adquirida por Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka no ano de 2001. Até então, era utilizada para o cultivo de cebola e milho e a criação de gado. Por ser a última propriedade localizada no interior de um cânion, grande parte de seu relevo não pôde ser aproveitado para a agricultura e pastagem, característica que possibilitou que algumas áreas com vegetação nativa permanecessem conservadas. Além disso, o solo pobre e raso não permitiu um cultivo excessivo no mesmo local facilitando a recuperação das áreas deixadas para descanso, de forma lenta mas progressiva.

Quando adquirida, a propriedade já possuía duas pequenas edificações na parte mais plana em proximidade da divisa Oeste. Uma delas, a pequenina casa construída com madeira de araucária na década de 40, foi reformada e se tornou a moradia dos proprietários durante nove anos, de 2001 a 2010. O rancho, utilizado para guardar as colheitas anuais de cebola, também passou por reformas e atualmente tem um quarto para duas pessoas, banheiro, depósito, atelier e garagem.

Desde o início Renato e Gabriela realizaram atividades de Educação Ambiental na escola da comunidade de São Leonardo e no PETI (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura Municipal de Alfredo Wagner. Envolvendo várias pessoas da comunidade e a Prefeitura Municipal, também realizaram o primeiro mutirão de limpeza dos rios das Furnas, Adaga e Araçá e a visita à Santa Rosa de Lima para o conhecimento das atividades de agroecologia e turismo sustentável realizadas por agricultores desta cidade. Em 2011, já em parceria com a SPVS, a Reserva promoveu uma oficina de Educação Ambiental para os professores da rede municipal de Alfredo Wagner.

Entre janeiro de 2009 até dezembro de 2013, a Reserva fez parte do “Programa Desmatamento Evitado”, idealizado e executado pela SPVS e que tem como estratégia de ação a aliança entre empresas e proprietários de florestas bem conservadas.

Em janeiro de 2010 a área sofreu uma tempestade violenta (aprox. 170mm em 3h40m) que destruiu o acesso e deixou as estradas frágeis, o que inviabilizou a visitação, embora a defesa civil tenha recuperado parte dos estragos causados. A última ponte que dá acesso á Reserva está em situação precária até o momento (junho/14)

Atrações

Programa da Terra da Gente/EPTV (em duas partes),:

http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/v/terra-da-gente-rio-das-furnas-bloco-1/2485962/

http://globotv.globo.com/eptv-sp/terra-da-gente-eptv/v/terra-da-gente-rio-das-furnas-bloco-2/2486045/

Aspectos naturais

Relevo e clima

Geomorfologia e Relevo

Esta inserida numa região caracterizada pela unidade geomorfológica Patamares do Alto Rio Itajaí. Situa-se na parte interna de um pequeno cânion em forma de “U” cuja abertura está voltada para Oeste. O Rio das Furnas atravessa o cânion passando pelo meio da propriedade, onde a altitude pode atingir em torno de 750 m s.n.m.

É delimitada por platôs, nos quais a altitude pode chegar a 900 m s.n.m., abrigando diversas nascentes que correm pelos paredões do cânion para o interior do Rio das Furnas em forma de belas cachoeiras. As encostas do vale são íngremes sendo as escarpas em degraus visíveis de alguns pontos dos platôs.


Clima

Insere-se em uma região de clima mais ameno. Os verões são frescos, sendo a temperatura média do mês mais quente menor que 22,0°C. As temperaturas mínimas nos meses de inverno ficam abaixo de 0°C. A pluviosidade total na área é elevada e bem distribuída durante o ano variando de 1.460 a 1.820 mm. A umidade relativa do ar encontra-se entre 76,3 a 77,7%.

Fauna e flora

FAUNA

Aves

O diagnóstico da avifauna realizado pela equipe da Sociedade Chauá e SPVS e complementado pela lista realizada com base em anos de observações de Renato Rizzaro e Gabriela Giovanka, indicou a presença de 238 espécies. O total das espécies registradas representa 39% da avifauna conhecida para Santa Catarina, sendo algumas endêmicas do Brasil: Clytolaema rubricauda, Merulaxis ater, Leptasthenura striolata, Attila rufus, Carpornis cucullata, Ilicura militaris e Tangara desmaresti.

A composição da avifauna da área está relacionada aos ambientes associados às zonas de ecótono entre a Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Ombrófila Mista.

Outro fator que contribui para a riqueza e diversidade de espécies é a presença de campos rupestres na parte mais alta do cânion.

Lista completa: http://issuu.com/riodasfurnas/docs/aves_reserva_rio_das_furnas_atual

Todas as fotos do poster de Aves da Floresta Atlântica foram tiradas dentro da Reserva: http://aveatlantica.blogspot.com


Mamíferos

As espécies de mamíferos registradas são na grande maioria de alta plasticidade ecológica (73%), o que significa que conseguem se adaptar com facilidade aos distúrbios do meio. Espécies de baixa plasticidade, que são mais exigentes em relação às características ecológicas das áreas onde vivem, representam 9% do total registrado.

Com relação à pressão de caça, 36% das espécies apresentam alto interesse cinegético. Estão nesta categoria principalmente alguns macro-roedores (paca e cutia) e tatus, além dos felinos que são bastante perseguidos. Estas espécies encontram-se, então, sujeitas a pressões de caça constantes, sendo este o principal fator de impacto à sobrevivência das populações locais.

Foram obtidas informações da ocorrência de 21 espécies de mamífero: Gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla), Tatu-galinha (Dasypus novemcinctus), Tatu-mulita (D. septemcinctus), Morcego (Desmodus rotundus), Bugio-ruivo (Alouatta guariba), Jaguatirica (Leopardus pardalis), Gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus), Puma (Puma concolor), Gato-mourisco (Puma yaguaroundi), Graxaim (Cerdocyon thous), Furão (Galictis cuja), Lontra (Lontra longicaudis), Irara (Eira barbara), Quati (Nasua nasua), Mão-pelada (Procyon cancrivorus), Serelepe (Guerlinguetus ingrami), Ouriço-cacheiro (Sphigurus villosus), Preá (Cavia aperea), Cutia (Dasyprocta azarae), Paca (Cuniculus paca).


Florística

Faz parte do domínio do Bioma Mata Atlântica, sendo caracterizada pela situação de contato entre a Floresta Ombrófila Mista (Floresta com Araucária) e a Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica). Sob o ponto de vista da riqueza específica, considerando apenas as espécies que ocorrem naturalmente na área protegida, destacam-se as famílias Myrtaceae, Asteraceae e Lauraceae.

Devido à geologia de origem e ao posicionamento geomorfológico, a área apresenta relevantes comunidades vegetais rupícolas, que se desenvolvem nas escarpas rochosas, nos paredões de cachoeiras, nos lajeados do rio das Furnas e sobre matacões rochosos no interior das florestas. Algumas espécies foram registradas somente nestes ambientes sendo, provavelmente, exclusivas. É o caso de Gaylussacia sp., Myrciaria sp., Campyloneuron sp. e Epidendrum ellipticum. Menção especial deve ser feita à espécie Gunnera manicata, que forma densas populações nas paredes úmidas das escarpas verticais, conferindo aspecto fisionômico muito típico.

A presença de espécies ameaçada de extinção, assim como de todas as outras consideradas ameaçadas, reforça a importância ecológica da área em nível regional: Araucária (Araucaria angustifolia), Gravatá (Aechmea blumenavii), Xaxim-bugio (Dicksonia sellowiana), Cabreúva (Myrocarpus frondosus), Imbuia (Ocotea porosa), Jacarandá (Machaerium paraguariense), Gunera (Gunnera manicata), Cravo-do-mato (Tillandsia mallemontii), Pinho-bravo (Podocarpus sellowii).

Problemas e ameaças

Invasão por espécies exóticas, principalmente a monucultura de Pinus sp. no entorno, prejudicando áreas de nascentes e de captação de água para o manancial, além da modificação paisagística, dificultando a dispersão e locomoção de certas espécies da flora e da fauna.

Incêndios acidentais ou criminosos: a constatação de queimadas em propriedades do entorno aponta para o perigo de incêndios. Sendo a Reserva localizada em um vale úmido dificilmente o fogo adentrará em profundidade vindo dos platôs para a propriedade, porém, as queimadas nos platôs podem avançar vale abaixo dependendo das condições atmosféricas, especialmente nas florestas em estágio inicial da sucessão.

Caça

Embora não tenha havido nenhum registro ou citação de caçadores utilizando a Reserva, o abate eventual de alguns exemplares foi relatado, principalmente quando se trata de espécies que ofereçam alegado risco a animais domésticos, como jaguatiricas e gambás, por exemplo.

Captura de aves para criação em cativeiro e comercialização, prática comum em grande parte desta região catarinense.

Fontes

Plano de Manejo da Reserva Rio das Furnas executado pela Sociedade Chauá com o apoio/financiamento da SPVS - http://www.spvs.org.br

ROSÁRIO, L. A. 1996. As Aves em Santa Catarina: distribuição geográfica e meio ambiente. Florianópolis: FATMA, 326p.

SAVE BRASIL – Sociedade para a Conservação de Aves do Brasil. Lista das aves ameaçadas e quase ameaçadas no Brasil. Disponível em: <http://www.savebrasil.org.br/>. Acesso em: 07 out. 2009.

SEMA-PR – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista vermelha de plantas ameaçadas de extinção no Estado do PARANÁ. Curitiba: SEMA/GTZ, 1995. 139p.

SEMA-RS – Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Lista das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção do Rio Grande do Sul. Disponível em : <http://www.sema.rs.gov.br/sema/html/pdf/especiesameacadas. pdf>. Acesso em 23 jun. 2009.

SICK, H. Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova fronteira. 912p. 1997.