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Parque Estadual do Itacolomi
Esfera Administrativa: Estadual
Estado: Minas Gerais
Município: Ouro Preto e Mariana
Categoria: Parque
Bioma: Mata Atlântica
Área: 7. 543 hectares
Diploma legal de criação: Criado pela lei estadual n° 4.495 em 14 de Junho de 1967
Coordenação regional / Vinculação: IEF- Instituto Estadual de Florestas
Contatos: Sede do Parque : (31) 3551-6193

Celular: (31) 98416-2312

E-mail: peitacolomi@meioambiente.mg.gov.br

Localização

Localizado entre os municípios de Ouro Preto e Mariana, na região sudeste de Minas Gerais, a 100 quilômetros de Belo Horizonte. Ao sul da Cadeia da Serra do Espinhaço e sudoeste do Quadrilátero Ferrífero.

Como chegar

A portaria do parque fica entre os municípios de Ouro Preto e Mariana. A partir de Ouro Preto, pegue a rodovia BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes) até o entroncamento com a MG-262, em direção ao Parque. E a partir de Belo Horizonte pegue a BR-356, em sentido ao Rio de Janeiro, passando pela cidade de Itabirito, até o entroncamento com a MG-262. Veículos são permitidos da portaria até a sede da fazenda.

Ingressos

O valor de ingresso: R$20,00. Estudantes e idosos pagam meia entrada. Moradores de Ouro Preto e Mariana (Cadastrados) desconto de 90% de segunda a sexta e 50% sábado, domingo e feriados.

Horário de funcionamento: De 08:00 às 17:00h de terça a domingo.

Onde ficar

O Parque possui uma área de camping, que conta com uma estrutura de apoio, Quatro churrasqueiras cobertas com capacidade total para 60 pessoas. Deve ser agendada a permanência no camping nos feriados, pois o número de barracas é limitado, suportando até 30 barracas. O valor da diária é de R$40,00, a voltagem é 110 volts, banheiros com água quente, área de pias para lavar louças.

O Parque possui cinco casas para hospedajem, cada um com dois quartos, com capacidade entre 6 a 8 pessoas. Para quem deseja fazer pesquisas autorizada por IEF há também a casa do pesquisador. O valor da diária varia de acordo com a quantidade de pessoas que irão se hospedar. As casas de hospedajem tem diária por pessoa de R$50,00 de 1 a 4 pessoas e R$40,00 de 5 a 8 pessoas. Para ambos é necessário o agendamento prévio.

Objetivos específicos da unidade

1) Preservação de ecossistemas naturais de relevância ecológica e beleza cênica.

2) Valoração ambiental dos bens e serviços ambientais proporcionados por esta unidade assumindo papel fundamental para justificar a preservação do patrimônio natural e cultural.

3) Fornecer dados para a elaboração de programas de conservação ambiental.

4) Conscientização da população local e de turistas.

5) Implantação de programas de educação ambiental direcionado aos turistas e à população nativa.

Histórico

Por volta do século XVII houve a exploração em busca do ouro na região de Ouro Preto e o principal símbolo que guiava os bandeirantes era o Pico do Itacolomi.

Com essa exploração do ouro houve a construção de um entreposto comercial-fiscal para a cobrança de impostos, dentro do parque, que atualmente é a Casa Bandeirista. Sendo útil posteriormente, para a vigilância do acesso às minas. Essa construção é considerada um dos primeiros prédios públicos do Estado.

Nos séculos XVIII e XIX alguns viajantes naturalistas, realizaram importantes estudos e pesquisas sobre Minas Gerais, que atualmente são expostos na casa Bandeirista.

Por volta do século XVIII houve o declínio da exploração do ouro, com isso a região começou a ser ocupada pela agricultura, a qual se iniciou pela plantação de chá. Essa área foi ocupada pelo Sargento-Mor Manoel Manso da Costa Reis em 1772 e era conhecida como Fazenda da Vargem da Olaria. Posteriormente em 1871, a fazenda foi hipotecada e em 1909, passou às mãos dos irmãos Soares. Logo depois, foi vendida para Francisco Diogo de Vasconcelos.

Em 1974, a propriedade foi vendida para o historiador Tarquínio José Barbosa de Oliveira, que tentou recomeçar a produção do chá preto. Porém, quando assumiu a fazenda, o historiador encontrou a área de plantio tomada pelo mato. Então, limpou tudo e recomeçou a produção, mas não teve o mesmo sucesso que o Chá que era produzido na região.

Atualmente a Fazenda do Manso, ocupa a atual área do Parque do Itacolomi, como um atrativo turístico conhecido como Museu do Chá.

Outra atração é a Capela de São José que possui uma Via-Sacra diferente, feita por artistas plásticos que utilizaram materiais colhidos na natureza para sua confecção. Também merecem destaque a Fazenda do Cibrão e as ruínas da Casa de Pedra. A Chácara dos Cintra é outra atração com suas ruínas e um grande portal em pedra sabão.

Ou seja, essa região é rica em monumentos culturais, que contam um pouco da história de antigamente.

Atrações

As atrações são divididas em histórico-culturais, trilhas e expedições. Os quais se dividem em Centro de Visitantes, Museu do Chá e Casa Bandeirista, além de trilhas interpretativas como Trilha do Forno, Trilha da Capela, Trilha da Lagoa e Expedições rumo ao Morro do Cachorro, Mirante, Bacia do Custódio, o Pico Itacolomi. Toda visitação é acompanhada por um monitor ambiental, o qual passa informações de cada local.

Aspectos naturais

Dentro dos aspectos geomorfológicos, o parque possui uma composição rochosa formada principalmente por quartzitos, filitos, granitos e arenitos. Seus afloramentos rochosos possuem grande diversidade pela variação de altitude, que varia de 700 m a 1772 m – cume do Pico do Itacolomi. Sua vegetação é composta por Campos Rupestres, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta de Galeria e Campos de Altitude. Além disso, o Parque do Itacolomi está situado dentro da bacia do Gualaxo do Sul. E possui parte das duas importantes nascentes do país: São Francisco e Doce. Além de abundantes nascentes que compõem o Ribeirão do Carmo e o Rio Gualaxo do Sul, um dos afluentes do Rio do Carmo. Além disso, há outros cursos d’água que cruzam o parque como: o Rio Mainart, Ribeirão Belchior, Córrego dos Prazeres, Córrego Domingas e Córrego do Manso. Sendo todos estes afluentes da Bacia do Rio Doce, um dos principais e mais importantes do Estado.

Relevo e clima

A temperatura anual da região varia de 4ºC a 33ºC, com média de 21°C. O clima geralmente é típico das regiões de altitude, sendo relativamente úmido com nevoeiros frequentes e ventos dominantes da direção sudoeste. No verão, as chuvas são abundantes, principalmente entre os meses de Outubro a Março. No inverno os riscos de incêndios são maiores, pois as chuvas diminuem e, com isso, a paisagem fica mais seca e os ventos mais intensos.

Com relação ao relevo do Parque, é do tipo montanhoso com declives topográficos e altitudes que variam de 700 a 1.772 metros acima do nível do mar. Na área de transição dos dois biomas, Mata Atlântica e Cerrado, o relevo é bem acidentado.

Fauna e flora

A fauna e a flora representam mais de mil espécies protegidas dentro dos limites do Parque, sendo 29 espécies ameaçadas de extinção e 18 espécies endêmicas.

A fauna do parque é bem diversificada pelo grande espectro de ambientes. Foram constatadas aproximadamente cerca de 400 espécies diferentes de animais. Dentre essas espécies, destacam-se algumas que estão ameaçadas como o Lobo-guará, a Onça-parda, a Onça-pintada, a Jaguatirica, o Gato do Mato-pequeno, o Tamanduá-bandeira, o Cateto e a Lontra. Além dos endêmicos como o Gambá de orelha-preta, a Cuíca de quatro-olhos, o Ouriço-comum e o Macaco-sauá. E mais de 200 espécies de aves como o Jacu-açu, o Saí-andorinha, a Ave-pavó, o Andorinhão de coleira e vários beija-flores.

Por ser uma região de transição entre a Mata Atlântica e o Cerrado, a flora do parque apresenta uma grande diversidade de espécies herbáceas e arbóreas. Algumas espécies encontradas na região são a Quaresmeira, Samambaiaçu-imperial, o Pinheiro-do-paraná, a Braúna-preta, o Jacarandá-da-bahia, a Pindaíba, e a Arnica-da-serra. Em regiões de campos de altitudes são encontradas gramíneas e ciperáceas, como a canela-de-ema.

Também são encontrados campos de Candeias e uma diversidade de bromélias e orquidáceas exóticas. Além de espécies endêmicas como a orquídea Habenaria itacolumia e o arbusto Cybianthus ita colomyensis.

Problemas e ameaças

Alguns problemas encontrados no parque são a retirada ilegal de algumas espécies de Bromélias e Orquídeas. O desmatamento seletivo de Candeias, a presença de moradores nas proximidades do parque onde alguns praticam a caça ilegal, trechos de estradas e aceiros para cabos de transmissão de grandes torres que criam barreiras para populações florestais.

Outro problema é a fragmentação ocorrida antigamente pela retirada de madeira para implantação de pastagens e agricultura, assim como para o desenvolvimento das atividades relacionadas à mineração. No entanto, estas áreas estão sendo recuperadas.

Fontes

Serviços e Informações - Parque do Itacolomi, disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/component/content/193?task=view Acesso em: 2 de janeiro de 2019.

Midias sociais: https://www.instagram.com/peitaolomi/ https://www.facebook.com/parquedoitacolomi/ https://twitter.com/peitacolomi https://www.youtube.com/channel/UC8T_5FidlgTmqHI2HhuHmPg Acesso em: 2 de janeiro de 2019.

O Ecoturismo e o Parque do Itacolomi, MG, disponível em: https://bhturismo.wordpress.com/2008/09/29/o-ecoturismo-e-o-parque-do-itacolomi-mg/. Acesso em: 23 de Maio de 2016.

Equipamentos turísticos do Parque Estadual do Itacolomi (MG): análise das instalações e dos atrativos construídos, disponível em: http://www.sbecotur.org.br/rbecotur/seer/index.php/ecoturismo/article/viewFile/87/42. Acesso em: 23 de maio de 2016.

Melo, F. R. et al. 2009. A fauna de mamíferos e o plano de manejo do Parque Estadual do Itacolomi, Ouro Preto, Minas Gerais, MG.Biota, v.1, n. 6, p. 18-37. Disponível em: http://www.ief.mg.gov.br/images/stories/MGBIOTA/mg%20biota%206%20-%20menor%20resoluo.pdf. Acesso em: 23 de Maio de 2016.

Tafuri, A. C. 2008. VALORAÇÃO AMBIENTAL DO PARQUE ESTADUAL DO ITACOLOMI, OURO PRETO, MINAS GERAIS. Universidade Federal de Minas Gerais, p. 18-77. Disponível em: http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/251M.PDF. Acesso em: 23 de Maio de 2016.