Mudanças entre as edições de "Reserva Biológica Poço das Antas"
(Créditos de carbono e o reflorestamento do entorno da REBIO de Poços das Antas) |
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+ | |Introducao=A Reserva Biológica Poço das Antas foi a primeira da categoria a ser criada no Brasil, em 1974. A REBIO de Poço das Antas tem uma importância fundamental na preservação deste hotspot de biodiversidade, com mais de 5 mil hectares de área de Mata Atlântica protegida. A Rebio protege também várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, entre elas o mico-leão-dourado, encontrada somente no estado do Rio de Janeiro. | ||
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+ | |Tickets=Como toda reserva biológica, está aberta à visitação pública educacional (como parte de atividades de formação de instituições de ensino regulares) e à pesquisa científica. Não é permitida a visitação turística (Lei 9982/2000). | ||
+ | |Objectives=Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. | ||
+ | |Geography and climate=A Reserva Biológica de Poço das Antas e sua Zona de Amortecimento, abrangem os Municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Araruama, situando-se em uma extensa planície, conhecida cientificamente como Baixada de Araruama, em pleno domínio das planícies terciárias e quartenárias. | ||
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+ | A Reserva Biológica de Poço das Antas pertence à Unidade Geomorfológica Colinas e Maciços Costeiros que caracteriza-se por uma área de topografia deprimida com reduzidos valores altimétricos em relação a outras unidades, refletindo estrutura fraturada e dobrada. A oeste está a unidade geomorfológica Serra dos Órgãos e a leste a unidade denominada Planícies Litorânias. Essa unidade geomorfológica representa os terrenos colinosos de baixa amplitude de relevo compreendidos entre as planícies costeiras e baixadas Fluvio-marinhas e a escarpa da Serra do Mar. As unidades descritas são definidas pelo sistema de relevo suave e uniforme de colinas amplas, baixas e niveladas, apresentando vertentes convexas, muito suaves, e topos alongados ou levemente arredondados, freqüentemente recobertos por colúvios. | ||
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+ | Sua densidade de drenagem é de baixa a média e o padrão é dendrítico. No sopé das vertentes interiores dos maciços costeiros ou nos fronts das escarpas serranas, registra-se um relevo um pouco mais movimentado, associado a um padrão de drenagem geralmente dendrítico a retangular. A extensa zona colinosa apresenta topografia uniforme e topos nivelados de baixa amplitude de relevo em cotas que variam de 50 a 120 m de altitude, devido a processos de aplainamento gerados durante o Terciário Superior. Essa superfície caracteriza-se, na porção oeste, por uma depressão embutida entre o maciço costeiro da Região dos Lagos e a escarpa da Serra dos Órgãos. | ||
− | + | O relevo suave colinoso dominante é gradualmente substituído, em direção ao norte, por colinas isoladas em meio à baixada fluviomarinha e pelos tabuleiros modelados em sedimentos da Formação Macacu. Esses morros podem atingir cotas que variam entre 160 e 250 m. A porção leste consiste numa depressão marginal entre a Lagoa de Araruama e as planícies costeiras associadas e a escarpa da serra de Macaé, estando adjacente à baixada do rio São João. O domínio colinoso, apesar de cortado pelos Rios Capivari e Bacaxá, consiste numa zona dispersora de águas. Esse trecho é drenado por pequenos córregos em direção à lagoa de Araruama, ou em direção ao Rio São João | |
+ | |Fauna and flora=A REBIO de Poço das Antas tem uma importância fundamental na preservação deste hotspot de biodiversidade, já que protege um dos únicos remanescentes de Mata Atlântica de baixada, possui várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção e entre elas o mico-leão-dourado, encontrada somente no estado do Rio de Janeiro e em mais nenhum lugar do mundo. | ||
− | + | Sua vegetação predominante é a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, com duas diferenciações: floresta alagada e não alagada. Na área o relevo é plano, coexistindo com elevações, morros e colinas, cuja altitude varia de algumas dezenas de metros até o ponto culminante de 205 metros. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro classifica a vegetação que ocorrem na Reserva em 5 tipos diferentes: Floresta de encosta, Floresta de baixada (adaptada a áreas alagadiças), Formação pioneira com influência pluvial (constituída por ervas, arbustos e arvores de pequeno porte, que ocorrem nas margens de córregos), Capoeira (característica de áreas com formação florestal de início de sucessão), e Campo antrópico (formados por áreas campestres que sofreram desmatamentos para uso da terra) Já foram registradas para a Reserva Biológica de Poço das Antas 365 espécies de plantas, sendo que destas 12 estão na lista de espécies ameaçadas da IUCN. Alem disso, recentemente foi descoberta uma nova espécie vegetal que nunca havia sido encontrada antes, mostrando a importância da área para a conservação da biodiversidade. | |
+ | |Threats and problems=Caça dentro da área da reserva e incêndios florestais provenientes dos arredores que acabam invadindo as áreas da UC pela falta de controle e cuidado com o qual é feito. | ||
+ | |Sources=[http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/Resumo%20Executivo_p.pdf Plano de Manejo] | ||
+ | }} | ||
+ | Saporta, L.A.C. & Young, C.E.F. 2009. Créditos de carbono e o reflorestamento do entorno da REBIO de Poços das Antas, Brasil. Revista Iberoamericana de Economía Ecológica Vol. 12: 17-32 (http://132.248.129.5/cursoOJS/index.php/RIEE/article/view/649) |
Edição atual tal como às 14h38min de 4 de abril de 2017
A Reserva Biológica Poço das Antas foi a primeira da categoria a ser criada no Brasil, em 1974. A REBIO de Poço das Antas tem uma importância fundamental na preservação deste hotspot de biodiversidade, com mais de 5 mil hectares de área de Mata Atlântica protegida. A Rebio protege também várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, entre elas o mico-leão-dourado, encontrada somente no estado do Rio de Janeiro.
Reserva Biológica Poço das Antas |
Esfera Administrativa: Federal |
Estado: Rio de Janeiro |
Município: Silva Jardim |
Categoria: Reserva Biológica |
Bioma: Mata Atlântica |
Área: 5.052 hectares |
Diploma legal de criação: Decreto nº 73.791, de 11.03.1974 / Decreto nº 76.534 de 03.11.75 |
Coordenação regional / Vinculação: CR8 -Rio de Janeiro |
Contatos: Rodovia Br 101 KM 214- Silva Jardim/RJ – CEP: 28.820-000
TELEFONE: (22) 2778-1317/VOIP (61) 3103-9912 |
Índice
Localização
A Reserva Biológica de Poço das Antas está localizada no limite sudeste do Município de Silva Jardim, entre os paralelos 22º30’ e 22º33’ de latitude sul e os meridianos 42º15’ e 42º19’ de longitude oeste. Totalmente contida no Município de Silva Jardim, faz fronteira com os Municípios de Casimiro de Abreu, a nordeste, e de Araruama, ao sul. Há, ainda, um pequeno trecho de limite, a leste, com o Município de Cabo Frio. Está inserida na Região -Programa do Estado do Rio de Janeiro denominada “Baixada Litorânea, Microrregião da Bacia do São João”.
Como chegar
Tendo como ponto de partida a cidade do Rio de Janeiro, a principal via de acesso rodoviário à Reserva Biológica de Poço das Antas é a Rodovia Federal BR-101, onde, no quilômetro 214, está situada a entrada principal de acesso à Sede da RB. Saindo do pedágio da Ponte Costa e Silva (Rio-Niterói), no sentido nordeste, em direção a Vitória (ES), a Unidade está a 122km. No sentido nordeste-sudeste, a partir da região norte fluminense, está a 148km de Campos dos Goytacazes e a 94km de Macaé.
Ingressos
Como toda reserva biológica, está aberta à visitação pública educacional (como parte de atividades de formação de instituições de ensino regulares) e à pesquisa científica. Não é permitida a visitação turística (Lei 9982/2000).
Onde ficar
Objetivos específicos da unidade
Preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais.
Histórico
Atrações
Aspectos naturais
Relevo e clima
A Reserva Biológica de Poço das Antas e sua Zona de Amortecimento, abrangem os Municípios de Silva Jardim, Casimiro de Abreu e Araruama, situando-se em uma extensa planície, conhecida cientificamente como Baixada de Araruama, em pleno domínio das planícies terciárias e quartenárias.
A Reserva Biológica de Poço das Antas pertence à Unidade Geomorfológica Colinas e Maciços Costeiros que caracteriza-se por uma área de topografia deprimida com reduzidos valores altimétricos em relação a outras unidades, refletindo estrutura fraturada e dobrada. A oeste está a unidade geomorfológica Serra dos Órgãos e a leste a unidade denominada Planícies Litorânias. Essa unidade geomorfológica representa os terrenos colinosos de baixa amplitude de relevo compreendidos entre as planícies costeiras e baixadas Fluvio-marinhas e a escarpa da Serra do Mar. As unidades descritas são definidas pelo sistema de relevo suave e uniforme de colinas amplas, baixas e niveladas, apresentando vertentes convexas, muito suaves, e topos alongados ou levemente arredondados, freqüentemente recobertos por colúvios.
Sua densidade de drenagem é de baixa a média e o padrão é dendrítico. No sopé das vertentes interiores dos maciços costeiros ou nos fronts das escarpas serranas, registra-se um relevo um pouco mais movimentado, associado a um padrão de drenagem geralmente dendrítico a retangular. A extensa zona colinosa apresenta topografia uniforme e topos nivelados de baixa amplitude de relevo em cotas que variam de 50 a 120 m de altitude, devido a processos de aplainamento gerados durante o Terciário Superior. Essa superfície caracteriza-se, na porção oeste, por uma depressão embutida entre o maciço costeiro da Região dos Lagos e a escarpa da Serra dos Órgãos.
O relevo suave colinoso dominante é gradualmente substituído, em direção ao norte, por colinas isoladas em meio à baixada fluviomarinha e pelos tabuleiros modelados em sedimentos da Formação Macacu. Esses morros podem atingir cotas que variam entre 160 e 250 m. A porção leste consiste numa depressão marginal entre a Lagoa de Araruama e as planícies costeiras associadas e a escarpa da serra de Macaé, estando adjacente à baixada do rio São João. O domínio colinoso, apesar de cortado pelos Rios Capivari e Bacaxá, consiste numa zona dispersora de águas. Esse trecho é drenado por pequenos córregos em direção à lagoa de Araruama, ou em direção ao Rio São João
Fauna e flora
A REBIO de Poço das Antas tem uma importância fundamental na preservação deste hotspot de biodiversidade, já que protege um dos únicos remanescentes de Mata Atlântica de baixada, possui várias espécies endêmicas e ameaçadas de extinção e entre elas o mico-leão-dourado, encontrada somente no estado do Rio de Janeiro e em mais nenhum lugar do mundo.
Sua vegetação predominante é a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, com duas diferenciações: floresta alagada e não alagada. Na área o relevo é plano, coexistindo com elevações, morros e colinas, cuja altitude varia de algumas dezenas de metros até o ponto culminante de 205 metros. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro classifica a vegetação que ocorrem na Reserva em 5 tipos diferentes: Floresta de encosta, Floresta de baixada (adaptada a áreas alagadiças), Formação pioneira com influência pluvial (constituída por ervas, arbustos e arvores de pequeno porte, que ocorrem nas margens de córregos), Capoeira (característica de áreas com formação florestal de início de sucessão), e Campo antrópico (formados por áreas campestres que sofreram desmatamentos para uso da terra) Já foram registradas para a Reserva Biológica de Poço das Antas 365 espécies de plantas, sendo que destas 12 estão na lista de espécies ameaçadas da IUCN. Alem disso, recentemente foi descoberta uma nova espécie vegetal que nunca havia sido encontrada antes, mostrando a importância da área para a conservação da biodiversidade.
Problemas e ameaças
Caça dentro da área da reserva e incêndios florestais provenientes dos arredores que acabam invadindo as áreas da UC pela falta de controle e cuidado com o qual é feito.
Fontes
Saporta, L.A.C. & Young, C.E.F. 2009. Créditos de carbono e o reflorestamento do entorno da REBIO de Poços das Antas, Brasil. Revista Iberoamericana de Economía Ecológica Vol. 12: 17-32 (http://132.248.129.5/cursoOJS/index.php/RIEE/article/view/649)